quinta-feira, 19 de maio de 2016

Dá pra fazer desenhos no Paint?

Quando eu tinha 9 anos, lembro-me de ter começado o meu primeiro curso de informática. Além do curso em uma escola de informática, havia também uma vez por semana um curso na escola, com uma sala de informática. Aquilo tudo é muito nostálgico, ainda se usava o Windows 98. Eu me lembro de ter ficado muito puto com o Windows XP quando de repente mudaram tudo pra ele, aquela coisa azul não me agradou a princípio, mas depois eu me acostumei.

Uma das nossas diversões era desenhar no Paint nos últimos minutos da aula, eu adorava imprimir meus desenhos e levar pra casa, eu me sentia um artista. Enfim, eu fiz cursos de informática dos 9 aos 15 anos de idade, ininterruptamente. Conheci muitos programas, e o Paint não era mais uma opção de entretenimento. Eu nunca mais abri esse programa.

Até que recentemente um amigo viu um vídeo no meu canal no youtube, e disse que eu levava jeito pra coisa, me disse que me colocaria num grupo de desenhos no paint, e que eu ficaria impressionado com o grupo. A princício eu torci o nariz, pensando: "Tá bom que pode sair algo bom do Paint, deve ter cada bagulho lá dentro..."
Até que no dia seguinte, a notificação no Facebook apareceu. Eu havia sido colocado no grupo.

Pensei comigo: "Vamos dar uma olhada!"
Cara... Eu podia jurar que aquilo não é paint, nem fodendo! Tem desenhos incríveis lá dentro, eu não podia acreditar! Fiquei impressionado, mas depois de umas horas eu me esqueci do grupo, afinal eu nem mexo com paint...
Vez ou outra surgiam notificações do grupo, e eu dava uma visualizada. Os desenhos eram fantásticos, e eu não fazia ideia de como aquilo era possível num programa tão simples!
Vez ou outra aparecia um chat nas mensagens do meu Facebook, uma conversa em grupo, e eu não sabia quem eram, até que depois de uns meses eu fui ler o chat pra ver do que se tratava, era o grupo do Desafio do Paint. Aí eu resolvi me comunicar com eles pela primeira vez, e depois de algum tempo abrir o grupo pra ver o que estava rolando, vi que era um desafio com o tema "Preto e Branco". Eu gostei da ideia e pensei: "Quer saber, vou participar!"

Então avisei o pessoal do chat que iria participar, abri o paint e.. Wow, ele está meio diferente no Windows 8. Só me lembro dele vagamente no XP, definitivamente haviam melhorias, mas não o suficiente pra ter desenhos tão legais como no grupo. Ainda assim, eu comecei a desenhar.
Vinte minutos depois eu obtive isso:


Por fim, o desenho foi postado. E eu fiquei feliz com o resultado do desenho, não imaginava que mesmo eu poderia fazer algo no Paint. Logo me dei conta de que quem desenha, desenha onde for. Não importa a ferramenta que você usa pra fazer algo, o importante é saber como fazer, e esse grupo me ensinou isso.
Pra quem quiser conhecer o grupo no Facebook, esse é o link: https://www.facebook.com/groups/600860286731592
Entrem lá, os trabalhos são muito legais e o pessoal é bem receptivo. Espero que gostem.

Por hoje é só. Um abraço e até o próximo post!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Auto-Teste no Blender: Área de Lazer

Sou um grande entusiasta em software livre, sempre que surge algo promissor nessa área eu acabo testando e fazendo alguns trabalhos neles quando tenho tempo. Bons exemplos de programas que eu admiro muito são o GIMP, para edição de imagem estilo photoshop, o Inkscape, um programa que conseguiu fazer com que eu tivesse carinho por ele, é um poderoso editor de imagens vetoriais em SVG. Ainda falarei sobre ele futuramente aqui no blog.
Mas, o primeiro no qual eu tive contato foi o Blender. Não sei o que dizer sobre ele, apenas sentir!
Eu já tinha experiência com softwares de modelagem 3D. O meu primeiríssimo de todos foi o AutoCAD (sim, eu modelava coisas e renderizava nele quando criança), depois eu conheci o 3DS Max, que na época ainda se chamava 3D Studio Max. Logo depois veio o Sketchup, então eram os programas que eu trabalhava, até conhecer o Blender. Aí eu podia fazer coisas assim na metade do tempo que eu levava pra fazer nos outros programas:



Mas calma, a gente já chega lá.

Eu comecei a mexer com ele sozinho, sem tutoriais, somente com a minha experiência nos outros programas. Todos reclamam que o Blender tem a interface estranha e que tudo é muito diferente. Eu discordei. Está tudo tão desenhado na sua cara igual o Autodesk Maya, é impossível não localizar! Só os atalhos que não estão explícitos, mas a interface em si é intuitiva até demais. No começo, eu não dava muita bola pro poder do Blender. Eu utilizava a versão 2.45 no início, e mexi pouquíssimas vezes. Na versão com a interface antiga eu não me apaixonei pelo programa logo de cara, pois eu só vi trabalhos mais poderosos nele algum tempo depois. Mas após a mudança de visual da versão 2.6 em diante, e o Cycles Render, aí foi amor à primeira vista!

Comecei a usar o Blender no trabalho, substituindo o Sketchup e o 3DS Max por ele. Fiquei surpreso com o meu primeiro projeto, que fiz só de brincadeira, em poucos minutinhos:



A árvore foi um modelo já pronto que eu tenho aqui na minha biblioteca de modelos 3D. o Resto foi todo modelado por mim. Eu fiquei surpreso com o resultado do meu primeiro trabalho levado a sério nele, e com a velocidade que ele foi feito e renderizado. No caso ele foi renderizado pelo CPU, pois eu usei o renderizador interno. Eu amei o programa logo de cara. Aí parti pro Cycles Render, enfim... Só alegria.

Passei a trabalhar com o Blender desde então. E era impressionante como tudo era rápido, em poucas semanas eu aprendi o que levei meses de cursos pra aprender 3DS Max, ou Sketchup! Mas eu já estava enjoado de desenhar somente prédios quadrados. Eu queria fazer algo que não desse tanto trabalho, mas que fosse diferente de fachadas de empresas. Foi aí que surgiu o trampo de fazer uma área de lazer pra uma amiga. Eu pensei: "É agora!" e topei o trampo.

Comecei a montar tudo, e encher a cena de objetos, até minha placa de vídeo não suportar mais e eu ter que abrir mão da renderização pela GPU no Cycles e ter algo que renderizasse mais rapidamente no CPU, então usei o renderizador interno mesmo. Depois houveram mais limitações, como a grama, que não pode ser toda feita de objetos porque minha RAM não aguentou, então tive que me contentar com a textura mesmo. Mas por fim, esse trampo que eu peguei como auto-teste funcionou bem, deu pra sentir que eu poderia fazer mais coisas no Blender. Coisas que serão postadas aqui no Blog, futuramente.

Por hora, fique com as imagens obtidas nas renderizações:








Pra ser sincero, eu não atingi o nível que gostaria de chegar nesse projeto, mas eu já pude sentir o poder do programa. Eu gostei muito da velocidade de renderização, e a leveza do programa em comparação aos outros. É fantástico.

Em outro post, eu coloco trabalhos que fiz no Max (Com Mental Ray e V-ray), no Sketchup (Com V-ray) e no Blender (Com Blender Render e Cycles Render). Mas por hoje é só. Um abraço e até o próximo post!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Rótulo de Cerveja Artesanal: Bacante

Houve um tempo no trabalho que não aparecia nada novo, e eu passei meses fazendo as mesmas coisas, o que me possibilitou experimentar fazer os trabalhos de formas diferentes. Foi aí que eu comecei experimentar softwares novos, pra ver se eu atingia um resultado satisfatório. Fazia pouco tempo que eu tinha migrado pro Illustrator e estava me divertindo muito com o Inkscape (futuramente eu falarei sobre ele), mas ainda assim o tipo de trabalho não mudava, até uma certa tarde que meu ex-patrão anunciou que um amigo dele viria até a empresa para conversar comigo, a respeito dos rótulos de uma cerveja artesanal que eles estava produzindo.

Era o que eu precisava ouvir pra ficar animado. Esperei algumas horas a chegada do amigo dele, enquanto fazia os layouts já anódinos pra mim de painéis de impressão digital para fachadas de empresas. É um pouco engraçado lembrar que eu fazia artes para mídias enormes, painéis de 3 a 10 metros de comprimento, e a altura que variava de 1 a 2 metros. Era algo que exigia um cuidado especial com resolução, cores, disposição e algo tão grande deveria ser mais empolgante do que era. Acontece que fazer a mesma coisa por meses se torna um pouco massante. Mas o anúncio de uma arte que media poucos centímetros me empolgou muito mais do que qualquer painel que medisse 50 metros! Eu senti que sairia algo bom dali.

Logo me toquei de eu nunca havia feito nada do tipo. Então pensei que seria um desafio e tanto. Até que ele chegou e entrou na sala do meu ex-patrão. Os dois começaram a conversar, e cinco minutos depois eu fui chamado até a sala. Fui apresentado ao dono da cervejaria.

Ele é um homem animado, entusiasmado, com um vocabulário um pouco mais literário que o corriqueiro. Logo percebi que assim como meu ex-patrão, ele também era maçom. Isso ficou ainda mais evidente quando ele invocou com o pentagrama invertido no meu peito. Eu gosto deles, os maçons. São boas pessoas, inteligentes e discretos. A sociedade como um todo poderia ter muitas das características que eles possuem, foi o que eu pude perceber convivendo e vendo as características de um maçom por alguns anos.
Ele apresentou todo o contexto da cerveja, as ideias e o material que ele já possuía. Eu praticamente só precisei recriar a arte e fazer pequenas alterações para que o rótulo tivesse a cara do que era necessário ser.

O logo da cerveja é esse:



Vamos explicar o logo. Peguem algo pra comer e voltem aqui, pois a teoria é longa.

O logo não tem opções de disposição horizontal/vertical. As medidas são próximas em altura e largura, o que quase faz dela um logo quadrado. Tem muita simbologia e detalhes nesse logo, todos eles de acordo com toda a simbologia usada dentro da maçonaria, que são:



Mercúrio

Princípio volátil - representava as propriedades passivas - maleabilidade, brilho, fusibilidade, a fraca tensão de vapor, o escorregadio que toma várias formas e o fugidio. Além de designar a matéria, designa também outros aspectos como: o princípio passivo ou feminino, o inerte, o frio.

O mercúrio também pode designar a matéria-prima, é considerado a mãe dos metais ou a água primitiva que deu origem a todos eles. Este é o mercúrio segundo, mercúrio filosófico ou mercúrio duplo que contém os dois princípios, o mercúrio e o enxofre.

O primeiro mercúrio ou mercúrio comum também é chamado de dissolvente universal.

O mercúrio é ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra representando uma viagem.


Enxofre

Princípio fixo - representa as propriedades ativas - combustibilidade, a ação corrosiva, o poder de atacar os metais, e também o princípio ativo ou masculino, o movimento, a forma, o quente. É considerado o embrião da pedra e alimentado pelo mercúrio, pois está contido em seu ventre. Também é considerado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra




Sal
Também conhecido por arsênico - é o meio de união entre as propriedades do Mercúrio e as do Enxofre, como uma força de interação, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma ao corpo. No ser humano, o enxofre seria o corpo físico; o mercúrio, a alma e o sal, o espírito mediador.

Esse sal normalmente é relatado como sendo um fogo aquoso ou uma água ígnea e é obtido a partir do mercúrio comum em conjunção com o fogo, obtendo assim a chamada “água que não molha as mãos”. Assim como o mercúrio, o sal também é relatado como sendo o dissolvente universal. Na verdade o fixo e o volátil nunca podem estar separados, não existe mercúrio que não contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o nome de um deles dependendo da fase da operação.

O sal protege os metais para que no processo não sejam totalmente destruídos e reste assim a semente, que por seu intermédio nascerá algo novo.



Número 33


O 33 é o número sagrado da maçonaria e representa a completude. Uma cerveja depende de mais ou menos 28 a 35 processos pra ficar pronta. São utilizados exatos 33 processos para a fabricação da Bacante, desde a moagem do malte até o envase. Se passar ou se faltar um processo, de forma que não sejam 33 ao todo, não é uma Bacante.

Então assim, o mercúrio representa os princípios líquidos. O Enxofre, como é um princípio fixo representa o fogo utilizado no cozimento e os ingredientes sólidos: Malte, lúpulo, etc. O sal é o princípio universal e representa o processo mais importante que é fazer a união do princípio fixo com o volátil: o fermento.


Cores

A cor amarela utilizada no logo representa o sol, e a cor preta predominante no fundo, representa o universo.


Detalhes

No logo existem também 3 pontinhos discretos, que são os três pontos das assinaturas dos maçons. Pra quem não sabe, os três pontos simbolizam a Sabedoria (Mercúrio), a Força (Enxofre) e a Beleza (Sal).


A Figura de Chifres

A figura é uma bacante, pintura de Jean-Léon Gerome. Foi escolhida pra estar no logo, e teve suas cores aguçadas, voltadas para o amarelo e mantendo alguns tons com cores de variadas cervejas.

As embalagens, portanto, ficaram assim:





Cada cerveja que tem sua fórmula definitiva possui um título, e uma musa em seu rótulo, como no exemplo da segunda e terceira imagem. As que ainda não são definitivas por enquanto, possuem o rótulo da primeira imagem. A cervejaria ainda é nova, e os rótulos ainda estão sendo desenvolvidos.

Eu não vou poder terminar o post sem falar do sabor da cerveja, certo?
Eu ganhei duas garrafas de Dry Stout Bacante, e posso dizer que é uma cerveja mais que ótima. Ainda mais no contexto do nosso país, onde se esquentarmos uma cerveja nacional numa panela vira uma pamonha, de tanto milho que há na infeliz!
A Bacante que eu experimentei não ficou devendo em nada: Escura como a noite, encorpada, lupulenta e com uma espuma... Ah, não dá pra esquecer aquela espuma, simplesmente não dá. Espero ter feito um trabalho tão bom quanto a cerveja, pois seria uma pena que o rótulo não correspondesse ao conteúdo. A cerveja é simplesmente fantástica, eu recomendo!

Você pode acompanhar o trabalho da cervejaria através de sua página no Facebook: https://www.facebook.com/cervejariabacante

Obrigado por acompanhar o Blog e até o próximo post!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dica de Fonte: Ubuntu

Eu sempre gostei de trabalhar com fontes diferentes nos meus trabalhos, que fogem do padrão do que vejo por aí, principalmente na minha cidade. Acontece que aqui, toda comunicação visual tem a fonte Arial / Arial Black. E não basta usar somente uma família tipográfica pra tudo: tem que esticar e distorcer pra ficar mais cafona, depois colocar cores horrorosas desrespeitando completamente a paleta de cores, usando contrastes completamente malucos e espaçamentos insanos... Enfim, um desastre total!
O pessoal tem também a mania horrorosa de usar fontes serifadas onde não se deve usar, ou usar fontes cômicas demais pra criação de logos que deveriam ser mais elegantes, ou então de usar a fonte Comic Sans! Usar essa fonte é pecado em qualquer situação!

Foi pensando nisso que hoje eu decidi apresentar uma fonte que pode substituir a fonte Arial, para textos básicos. Eis que vos apresento a fonte Ubuntu:





Ela é utilizada pelo Ubuntu, sistema operacional desenvolvido por uma empresa chamada Canonical. A fonte foi desenvolvida pela foderosa Dalton Maag. A família tipográfica está disponível gratuitamente para download, assim como o próprio sistema operacional.

O estilo da fonte é sans-serif (sem serifa), utiliza recursos Open Type para modificações e possui caracteres para todos os idiomas. É um ótimo substituto para uma fonte que é tão abrangente em todo o globo, como a Arial.
A fonte consegue passar exatamente as características do sistema operacional: Simples e elegante. Os espaçamentos são bem construídos, os ascendentes e descendentes nos caracteres tem uma ótima proporção, assim como os acabamentos claramente bem pensados na construção do desenho, distribuindo linhas retas e curvas em cada caractere onde realmente deveria estar. 
Ela não possui variações drásticas na espessura do traço dentro dos caracteres, como é de costume na maioria das fontes serifadas, portanto é uma fonte sem eixo.

Eu a utilizei por muito tempo em vários trabalhos como uma fonte básica, para texto de informação, descrição, subtítulo, etc. Antes dela a minha substituta da Arial era a Myriad Pro.

Se você gostou da fonte, pode baixá-la aqui:
http://font.ubuntu.com - No site há uma galeria mostrando as utilizações da fonte, é bem interessante.

Se você já conhece a fonte, comente a respeito da minha escolha de substituição e se concorda ou não.

Um grande abraço e até o próximo post!

terça-feira, 10 de maio de 2016

No Papel: Guaxinins

Muita gente não sabe, mas eu também desenho no papel. Isso é raríssimo, de verdade. É muito incomum eu desenhar no papel, deve fazer mais de um ano que eu não faço mais isso, preciso voltar.
Desenhar no papel pra mim é algo mágico, eu só desenho coisas que eu realmente gosto. Se eu desenhar alguma coisa mais de uma vez, então... Uau!
Foi o caso dos meus guaxinins. É o meu animal preferido, eu gosto da elegância, da beleza, e das cores desse animal. Mas tem algo nele que chama muito mais a minha atenção: a astúcia que ele possui.
Por gostar tanto dele, eu acabei desenhando mais de uma vez.




Recentemente eu descobri o motivo de não querer mais desenhar, e consegui corrigir isso, talvez eu volte a desenhar no papel em breve. Eu colocarei aqui mais alguns desenhos que já fiz no papel, mas por hoje é só.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Vetorizando Pessoas - A Primeira Vez

Eu me lembro de quando eu fazia curso de design gráfico, e meus professores me mostravam aqueles vídeos de speed art com os artistas vetorizando pessoas, dando um resultado super realista. Eu pensava comigo mesmo que nunca iria conseguir fazer aquilo na vida. Até hoje eu penso que tenho um looongo caminho pela frente, mesmo porque esse tipo de trabalho de ilustração é algo que eu nunca pratiquei tanto assim.
Enfim, um dia eu resolvi experimentar vetorizar alguém, de traços marcantes e que fosse fácil vetorizar. Acabei escolhendo a minha namorada, pois ela tem traços magníficos. A boca dela é simplesmente perfeita, e eu não estou escrevendo isso aqui só porque ela pode estar lendo o meu Blog, é verdade mesmo! 
O único obstáculo são os cabelos cacheados que ela tem. Pro primeiro vetor, era bom não forçar a barra. Aí me lembrei que certa vez ela alisou os cabelos. Era isso que eu precisava! Então peguei a tal foto dela com o cabelo liso. Essa foto:




Na época, eu manipulava o CorelDRAW, então foi nele que eu tentei. Separei o arquivo em camadas, pra organizar os objetos melhor (sim, ele possui camadas), e comecei aos poucos.
Eu demorava bastante pra fazer alguma coisa nessa ilustração, então deixava ela dias sem fazer. Por causa disso, demorou bastante tempo, eu sempre fui assim com trabalhos pessoais.
O cabelo foi desafiador, mesmo liso. Eu não tinha muita técnica, e sem tutorial algum, sem nunca ter feito aquilo antes eu me arrisquei! Me lembro que senti as limitações do programa pra conseguir o resultado que eu desejava. Ele não é um programa que possibilita por exemplo um desfoque gaussiano em objeto vetorial editável. E a ferramente de preenchimento de malha não faz muito bem o serviço dela, na minha opinião. É claro que trampos incríveis são feito neles, sem dúvidas, e como era a minha primeira vez, não tinha motivos pra ficar culpando o programa por causa de minhas dificuldades em fazer a ilustração.
Depois, com o tempo, eu vi que realmente existe uma limitação muito grande no CorelDRAW, que poderia ser corrigido de versão pra versão. Mas eles sempre lançam uma versão nova, com pouquíssimas inovações. Isso é meio frustrante.
Até que um dia me despertou uma motivação maluca, e eu falei comigo mesmo: "É hoje que eu termino isso!".
Foi isso. Peguei firme, e fiz todo o resto. Só não tive competência pra fazer a estampa do vestido, e a data não ajudava. Acabei finalizando um dia antes do aniversário dela. Ficou assim:




Mal podia esperar o dia seguinte pra mostrar o desenho pronto. Usei a ilustração pra fazer uma homenagem pra ela no Facebook. Fiquei feliz com o resultado, por ser a minha primeira tentativa. Mas era óbvio que eu tinha um longo caminho pela frente.
É uma pena eu não poder mostrar as outras vezes que vetorizei alguém, por motivos de que uma pessoa não permite que eu exiba a foto dela no Blog, e a outra pessoa, eu nem falo mais, então... Terei que fazer mais trampos novos pra postar aqui, infelizmente não poderei mostrar o progresso de tudo. Nem evoluiu tanto mesmo, então tá de boa! Hehehehehe

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Sempre tem alguém pra estragar meu trabalho!

Pois bem, a atividade de designer gráfico é sempre frustrante em certos momentos, onde encontramos limitações de criação. Principalmente quando se trata de comunicação visual, no meu caso, eu desenhava fachadas de empresas.
Sempre há clientes que não pensam muito pra frente, ou exigem algo bizarro, ou até mesmo o material que será produzida a fachada impossibilita coisas muito inovadoras.
Este caso, teve um pouco disso, mas eu desconsidero totalmente, até que algo aconteceu... Eu vou explicar.
A criação dessa fachada na época foi algo que deixou uma expectativa gigante em toda a equipe da empresa, pois se tratava de algo grande: a maior e mais famosa papelaria da cidade, que se conseguíssemos vender, seria como um referencial de nosso trabalho na cidade. E foi, conseguimos vendê-la. Todos comemoramos bastante.
Antes da venda, eu tive que bolar o projeto. Eu estava louco pra fazê-lo, e quando ele caiu nas minhas mãos, minha imaginação estava bem além do que foi feito. A papelaria era antiga já na cidade, com anos de tradição e super famosa. Ela tinha um logo antigão (se é que possamos chamá-lo de logo). Eu queria mudar tudo, repaginar a cara da papelaria completamente, mas fui freado pela cliente, que queria manter aquela identidade que já era tão disseminada pela cidade. Então eu fiz algo naquele modelo. Então houveram alterações, uma ideia de uma marquise inclinada surgiu não sei de onde, e lápis de cor pela fachada toda. Eu morro de preguiça dessas imagens em alta resolução do shuttertock, então resolvi produzir minha própria foto de lápis, com a ajuda de um colega de trabalho que é fotógrafo. Enfim, patrocinadores inseridos, era hora de apresentar a versão final. O projeto em 3D foi renderizado. Pronto, aprovado!
Aqui está a versão final do projeto:



O projeto foi feito no Sketchup. Na época era o programa que eu utilizava, e foi renderizado com o Vray. 
A produção levou um bom tempo pra produzir tudo aquilo, e eu sentia que poderia ser melhor, de alguma forma. Mas quando eu vi tudo instalado, essa sensação desapareceu. Estava completamente idêntico ao meu projeto, e aquilo estava lindo! Completamente imponente, a papelaria se tornou um sucesso ainda maior! Era de botar inveja em qualquer outra papelaria, ela tinha conseguido ir pra um patamar completamente diferente das outras, uau! Era realmente grande, e o material todo era muito bonito. Uma das fachadas mais inesquecíveis que eu fiz.

Mas como eu havia dito, sempre tem alguém pra estragar meu projeto. Eu me gabava por ter feito a fachada daquela empresa, até que... Um incêndio destruiu tudo. As chamas consumiram todo o estoque novinho que seria vendido no começo do ano pra volta às aulas, os veículos estacionados na lateral do prédio, enfim... Até o ACM (Aluminium Composite Material), que são as chapas de alumínio utilizadas pra revestir o prédio derreteram com o incêndio! Eu soube que o prejuízo total pra dona da papelaria foi de 1,7 milhões de reais.
Eu vou deixar o link da notícia pra que você possa ver o estrago, tem fotos do incêndio: http://www.ourinhosnoticias.com.br/noticia/8859/Papelaria-Microtec-e-consumida-pelas-chamas-prejuizo-esta-avaliado-em-mais-de-R-1-milhao
 Uma pena mesmo!
Espero que ela se recupere, e quem sabe eu desenhe um novo logo pra ela futuramente, né?

terça-feira, 3 de maio de 2016

O Primeiro Post

Será que todo mundo que abre um Blog fica num dilema com o que escrever aqui? Acho que não sou o único.

Sou designer gráfico, faço modelagens e renderização 3D, e me arrisco a brincar fazer algumas ilustrações e animações. A ideia do blog é usá-lo como uma espécie de portfólio. Pois recentemente saí pra procurar um emprego e me pediram isso. Pois bem, aqui está o meu blog!

Mas ele não será só um portfólio de artes gráficas, mas também de ideias. Eu não trabalho com muita frescura, a não ser o fato de que tudo que eu crio é baseado nos sentimentos que tenho, então cada criação tem uma história por trás, uma ideia, um sentimento, um pensamento. Vou apresentar cada criação que faço nesse blog, explicando o que há por trás de cada uma. Espero que gostem!

Giovani.